Principais Diferenças entre Sessões no Universal Analytics e no GA4: Impacto nas Métricas e Análises

Com a iminente descontinuação do Google Analytics Universal (GAU) em 1º de julho de 2024, a migração para o Google Analytics 4 (GA4) se torna crucial para empresas que desejam manter a coleta e análise de dados precisa e eficiente. Uma das principais mudanças que os usuários notarão no GA4 é a forma como as sessões são definidas e medidas.

Vamos mergulhar nas diferenças entre as sessões no GAU e GA4, explorando em detalhes seus impactos nas métricas de engajamento, como taxa de rejeição e tempo médio na página. Abordaremos também como analisar e interpretar os dados no contexto do GA4.

Ao desvendar as nuances das sessões no GA4, é possível navegar com maestria na nova era do Google Analytics e tomar decisões mais precisas sobre seu negócio, aproveitando ao máximo os recursos aprimorados da plataforma.

Primeiramente, é importante definir o conceito de sessão. Uma sessão é um grupo de interações do usuário com um site que ocorre durante um período específico de tempo. Por exemplo, uma única sessão pode conter múltiplas visualizações de páginas, eventos, interações sociais e transações de comércio eletrônico. Uma sessão também pode ser pensada como um contêiner para as ações que um usuário executa em um site. Uma única visita pode envolver muitas interações, que podem ocorrer no mesmo dia ou durante vários dias, semanas ou meses. Assim que sua sessão terminar, você terá a opção de iniciar uma nova sessão.

O Google Analytics, tanto o GAU quanto o GA4, inicia uma sessão quando alguém abre seu aplicativo em primeiro plano ou acessa uma página ou tela sem ter uma sessão ativa no momento. Por exemplo, se a sessão anterior tiver expirado. Aqui, “página” se refere a um site (visão WEB), enquanto “tela” seria referente a aplicativos.

No GAU, uma sessão é um conjunto de hits (visualizações de página, interações, transações) que um usuário faz em um site antes de um período de 30 minutos de inatividade. Já no GA4, a definição se expande para um conjunto de eventos que um usuário faz em um site ou aplicativo, também com 30 minutos de inatividade como limite. Essa mudança amplia o escopo da análise, permitindo uma visão mais completa do comportamento do usuário em diferentes plataformas.

No GAU, a sessão inicia quando o usuário visualiza uma página pela primeira vez ou quando um evento é acionado. Já no GA4, a sessão inicia automaticamente quando o aplicativo é aberto em primeiro plano ou quando uma página é visualizada, mesmo que o usuário já tenha visitado o site anteriormente. Essa mudança reflete a natureza multiplataforma do GA4 e reconhece que a jornada do usuário pode começar em diferentes pontos de contato.

No GAU, a sessão termina após 30 minutos de inatividade, à meia-noite ou quando um novo parâmetro de campanha é recebido. No GA4, a sessão termina apenas após 30 minutos de inatividade. Essa mudança simplifica a definição de término de sessão e oferece uma visão mais precisa do tempo que o usuário realmente gasta engajado com o conteúdo.

Para entender melhor, vamos exemplificar:

  • Caso um usuário inicie uma sessão às 14:00, logo é configurada para encerrar às 14:30, em caso de inatividade. À medida que o usuário dispara eventos, o tempo limite é ajustado.
  • No caso do GAU, caso o usuário comece a navegar no seu site às 23:50 e feche às 00:10, a plataforma contará duas sessões: uma de 23:50 até 23:59, e outra de 00:00 até 00:10.

No GAU, caso a origem da campanha for alterada no meio da sessão, a primeira sessão será encerrada, e uma nova será aberta. Normalmente, as campanhas são atualizadas sempre que um usuário visita seu site a partir de um mecanismo de pesquisa, de um site de referência ou de um URL codificado de campanha. No entanto, o Direct Traffic (Tráfego Direto) não atualiza nem substitui fontes de campanha existentes, como mecanismos de pesquisa, sites de referência ou informações de campanha criptografadas. Um exemplo de Direct Traffic é quando o usuário salva o site como favorito e, no futuro, entra por esse link salvo.

No GA4, a atribuição de sessão ocorre de uma forma diferente. O evento session_start (evento disparado quando o usuário inicia uma nova sessão) contém informações que determinam a alocação da sessão, como gclid, parâmetros UTM e referenciador. O modelo de atribuição de sessão continua sendo um modelo de atribuição indireto de “último clique”, e a janela de conversão é determinada pela configuração “Todos os outros eventos de conversão”. O padrão é 90 dias.

Para entender melhor, podemos recorrer ao exemplo:

Um usuário acessa seu site pela primeira vez no dia 1 através de um link orgânico do Google. Ele navega por algumas páginas e sai sem realizar nenhuma conversão. No dia 68, o mesmo usuário retorna ao seu site diretamente, sem usar nenhum canal de tráfego externo. Ele navega novamente e, desta vez, realiza uma conversão. No Google Analytics 4, a janela de conversão padrão é de 90 dias. Isso significa que, se um usuário realizar uma conversão dentro de 90 dias após a primeira visita ao seu site, a conversão será atribuída ao canal de tráfego que o direcionou inicialmente. Neste caso, a conversão do usuário no dia 68 será atribuída ao canal “google / organic”, mesmo que ele tenha retornado ao seu site diretamente. Isso ocorre porque a primeira visita do usuário, que o levou ao canal “google / organic”, aconteceu dentro da janela de conversão de 90 dias.

As diferenças na definição de sessão impactam as métricas de engajamento, como taxa de rejeição e tempo médio na página:

  • Taxa de rejeição: No GAU, uma única visualização de página sem interação conta como uma rejeição. Já no GA4, eventos como cliques em links ou botões podem evitar a contagem como rejeição, mesmo que a página não seja visualizada por completo. Essa mudança oferece uma visão mais precisa do engajamento do usuário, pois leva em consideração diferentes tipos de interação.
  • Tempo médio na página: No GAU, o tempo é medido entre a primeira e a última visualização de página. No GA4, o tempo é medido entre o primeiro e o último evento, oferecendo uma visão mais completa da jornada do usuário. Essa mudança permite uma análise mais precisa do tempo que o usuário realmente investe em cada página ou tela.

É crucial analisar as métricas de engajamento no contexto do GA4, considerando as diferenças na definição de sessão. Ao comparar dados históricos do GAU com o GA4, é fundamental ter em mente as diferenças na definição de métricas para evitar interpretações errôneas.

Conte com a DP6 para te apoiar na migração para o GA4 e garantir a manutenção da sua coleta e análise de dados de forma precisa e eficiente. A compreensão das diferenças nas sessões entre as plataformas é fundamental para garantir uma análise eficaz, assim como adaptar-se às mudanças, explorar as novas funcionalidades e utilizar os dados para tomar decisões mais precisas e impulsionar o sucesso da sua estratégia digital. Entre em contato conosco para iniciar sua jornada rumo ao Google Analytics 4.

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